Monterau-fault-Yonne

Wednesday, August 05, 2015
Fontainebleau, Île-de-France, France
Hoje acordei às 7hs muito mais descansada, logo depois do banho de minha mãe, fui também e logo descemos para tomar café em família. Daphné e Vanessa iriam hoje num passeio de barco pelo rio Loing, na cidade que fomos o outro dia Moret-sur-Loing. Elas estavam bastante animadas.
Enquanto o Jean-François se arrumava, adiantei meu blog de ontem para não atrasar muito . Preparamos um sanduíche para cada um, água congelada para podermos tomar mais tarde gelada, e saímos para passear e conhecer uma cidadezinha chamada Monterau-fault-Yonne.
Nome a principio estranho, mas em gallo-romano era "monasteriolu" (monastério) significando “lugar da pequena igreja ou pequeno convento”.”Fault” significaria em francês antigo “à la fourche” ou no ângulo, na intercessão. Pois neste ponto temos realmente a intercessão entre a Seine e o Yonne.
Cidadezinha a 22 Km de Fontainebleau. Chegamos em 15min e estacionamos o carro à beira do rio. Fomos a pé até o Centro turístico para pegarmos mais informações. A seguir passeando fomos conhecendo as ruazinhas, casas antigas.
Chegamos numa casa bastante grande chamado “Le logis Du Grand Cerf”. Em 1725, Logis não era tipo hospedaria, mas sim uma casa particular. Nesta casa, depois de mais de 10hs de viagem com muita chuva, Marie Leczinska , futura esposa do Rei Louis XV, indo justamente a Fontainebleau para se casar, pernoitou nesta casa. No séc XIX até 1908, esta casa virou pensionato para meninos .
Seguindo as ruazinhas demos de cara com a Igreja católica Romana “Collegiale Notre-Dame et Saint-Loup, fundada em 1195. Curiosidade: Quem era esse Saint-Loup? Que nome mais estranho? Então, ele era o neto do “Rei Clovis I” , primeiro rei dos francos. Loup (lobo) ou Leu, nascido em 573 em Orléans. Tornou-se arcebispo na cidade de Sens no ano 600.
Igreja muito grande, aliás em todas estas cidadezinhas você se pergunta: porque igrejas tão grandes? Não tinha muita gente para participar das missas! (rsrsrs). Demoraram 4 séculos para ser construído, portanto dá para se ver dois estilos diferentes, gótico flamboyant e renascença. Ela é bem alta e clara, e tem retábulo esculpido em pedra muito bonito. Um altar esculpido em madeira também lindo. Um quadro da descida da cruz de Jesus, pintado por Frei Lucas (séc.XVII).
Quase dou de nariz no chão também, viu amor. Fora um baita solão, dentro escuro e pondo o pé na igreja... um degrau descendente surge – sem aviso – foi meio complicado para restabelecer meu equilíbrio. Foi um susto enorme! Ainda bem que não tinha ninguém na parte de dentro da igreja, senão teria sido um desastre . Mas no fim não aconteceu nada, graças a Deus.
Depois quisemos entrar no museu da porcelana, mas já estava quase fechando, e a responsável achou melhor a gente voltar depois das duas, pois seria o horário de almoço. E teria 2 andares para as obras do museu e a parte de baixo para a exposição do Napoleão.
Portanto o que teríamos de melhor a fazer, seria voltar para o carro e almoçar nossos sanduíches, beber um teco de água gelada, para depois retornar ao museu. E foi isso que fizemos. Chegando perto da ponte, me separei da minha mãe e do JF e fui até onde se encontrava uma grande estátua de Napoleão empunhando sua espada sobre seu cavalo. Linda estátua.
Houve uma batalha em 1814, em que os franceses comandados por Napoleão venceram os Austríacos e os Wurtemburgueses. Interessante a inscrições ditas por ele: “Não fiquem com medo, meus amigos, a bala que deve me matar não foi ainda fundida!”.
Comemos nosso lanche no carro mesmo, mas o calor estava escaldante, resolvemos voltar na direção do museu e parar num lugar para tomar um café . Entramos numa rua que era antigamente onde se vendiam os vinhos. Tomamos um café delicioso, e acabamos por pedir um sorvete para cada. JF pediu um “citron-basilique”, ele e Mami gostaram muito mas eu não. Mami pediu “Rhum-raisin”, não gostou muito. O de São Paulo é melhor. E eu pedi uma bola de “Caramel beurre salée de Guérande” – amei! e de cara de pau pedi para o dono uma lasquinha de “Barbe a Papa” para experimentar. Ele me trouxe. É rosa e quando você põe na boca parece que tem partículas de açúcar, não diria “supimpa” nem “é uma Brastemp”, mas é gostosinho. O dono foi super simpático, e deu risada...
Duas horas, museu aberto... Lá vamos nós. No final desta rua havia um relógio solar, bem bacana, vimos a hora que era no momento.
No museu, a parte do Napoleão é histórica, portanto bom de se ouvir – sempre – para memorizar tantos acontecimentos pelos anos adentro e afora! Mas a parte da porcelana foi bem fraca. Vale para a gente avaliar o progresso desta indústria, mas nada de muito bacana.
Depois disso, pegamos o carro e tentamos achar uma mansão chamada “Surville”, fomos até o topo de uma colina, e quando chegamos lá, depois de subir um montão de degraus, só tinha uma mesquita! Demos meia volta e voltamos para casa .
As 17:30, JF foi buscar as meninas e começou a preparar a janta. Hoje teríamos uma quiche lorraine, preparada por ele mesmo! Que chique! Estava deliciosa! De sobremesa um sorvetinho, e as meninas tiraram a mesa.
Minha incumbência hoje foi ajudar a Daphné na leitura de seu livro de férias e fazer o questionário de 1 capítulo. Enquanto que a Mami fazia o mesmo processo com a Vanessa. Daphné está muito bem, entende tudo e fala cada dia melhor. É um gosto ver o quanto elas obedecem!
Depois disso um belo descanso, pois meus olhos estão se fechando sozinhos! Boa noite a todos e até amanhã.
Other Entries

Comments

martorelli
2015-08-05

Outro dia de sonho... que viagem !!! que lugares espetaculares....

marcomartorelli
2015-08-06

Esses degrauzinhos são fatais, eu que o diga! Quanto ao tombo, para evitar gozações, é melhor fingir que se machucou...

liliane
2015-08-06

Alors Chris,l'endroit te plaisait tellement que tu voulais "l'acheter"??!!!!

2025-02-12

Comment code: Ask author if the code is blank