Resolvemos portanto, irmos todos para Paris, cada um faria o que queria e encontraríamos a tarde na Place St Michel no Quartier Latin (5ème arrondissement).
Tomamos o trem das 10hs, mas chegando no guichê para comprar os bilhetes, havia um papelzinho avisando que o rapaz que atenderia estaria fora até quase a chegada do trem! E tinha uma filinha para comprar! Como pode! Rachel já impaciente, foi para a máquina e começou as tentativas para a compra . Depois de algum tempo, lá estava ela feliz com os bilhetes de todos nas mãos. Colocamos a data e o nome de cada um, pois estes bilhetes que a gente comprava davam direito para ida e volta com o trem e dentro de Paris o dia todo tanto para metro quanto para ônibus e custava apenas 16,60 eur.
Pronto já estávamos dentro do trem, sentados todos juntos conversando e brincando com as meninas. Descemos na Gare de Lyon, às 10hs40, pegamos a linha 1 do metro, Mami e eu, descemos na estação "Châtellet-les-halles". JF e família e Michèle desceram na Bastille, seguindo para a “Place des Vosges”, linda praça simétrica perfeita no coração do Marais, onde se pode ver a casa de Victor Hugo, entre outros prédios lindos.
Mami e eu queríamos passear e aproveitar para comprar as últimas lembrancinhas para os nossos queridos do Brasil. Andamos bastante procurando melhores opções nos melhores preços, e depois de umas horas de andança conseguimos achar o que queríamos.
Às 13hs na praça St Michel, sentamos num café para tomarmos algo, descansar um pouco e usarmos os toaletes. Pedimos uma coca cola (4,80 eur) com 2 copos. Logo depois de meia hora chegaram todos, paguei o refrigerante, dando uma nota de 50 e 1 eur. O garçon conseguiu me roubar, mesmo eu reclamando que o troco estava errado! Deixei quieto, mas com bastante raiva de ter sido enganada. Seguimos pelas ruas até acharmos um boteco para almoçarmos. Resolvemos por um que tinha “crêpe” e “gyros”, as crianças e a Rachel pediram a primeira opção e nós, a segunda . Estava muito gostoso, apesar da carne do gyros ser frango. Achava que seria outro tipo de carne! Mas, enfim, valeu.
À tarde, nos separamos novamente. Rachel e as meninas foram no “Bateaubus” passear pelo Rio Sena, e nós ficamos na praça entrando e saindo nas lojas Gibert Jeune. A procura de novidades e/ou livros que nos embalassem. A praça e as ruas adjacentes estão lotadas desta loja. Cada uma tem um tipo de mercadoria: livraria, papelaria, livros usados, cds, Dvds novos e outra de usados... Uma infinidade de lojas da mesma rede. Impressionante o que tem de bouquinistes na França. Vendem um monte de livros usados quase novos e de todos os tipos imaginados. E elas estão todas cheias de compradores. Muito interessante!
Michèle ligou para sua amiga Catarina, uma amiga desde os 10 anos do Brasil. Elas estudaram no Lycée Pasteur juntas, e ela depois de receber a menção Très Bien, no “Bac” ganhou uma bolsa de estudo em Paris. Fez seus estudos em História, e está terminando seu doutorado. Acabou se encontrando no meio da praça e ficaram conversando o tempo todo sentadas no ponto de ônibus. Mas a Michèle acabou passando mal, depois do almoço. Ela é alérgica também a um montão de coisas, e ela crê que o yogurt que comeu com o gyros lhe fez mal. Tadinha, foi chato mesmo.
Depois de algumas horas, retornamos no ponto de ônibus e ficamos sentadas aguardando a chegada dos outros. JF também tinha ficado na praça perambulando pelos bouquinistes. Lá pelas 16:30 vimos o JF, e logo depois vieram as meninas com a Rachel, radiante com o passeio . Parece que a primeira meia hora foi genial, mas depois elas cansaram um pouco da mesmice e do ventinho frio que fazia. Mas gostaram de maneira geral.
Querendo voltar para a Gare de Lyon, preferimos ir de ônibus em vez de metro (sobe e desce escadas) era melhor para a Mami. Andamos até o ponto mais próximo. Despedimo-nos da Catarina e lá fomos nós.
Chegando na Gare, enquanto o pessoal ia para o quai tomar o trem, pedimos licença para irmos ao banheiro, que era no Hall 2 no final dos quais nr 23!!! Longe pra burro do Hall 1 em que a gente deveria pegar o trem. Na volta, passei na frente de um carrinho de sorvete que o Beto e a Deia tinham dito que era uma delicia pura! “AMORINO”, servem o sorvete na forma de uma flor com as pétalas. Muito lindo! E delicioso mesmo. Pegamos uma bolinha cada uma, e comemos rapidinho sentido o hall1 quai K, pois o trem sairia às 17:50. Chegamos em cima da hora, e todos estranharam nossa demora... rsrsrsr... toalete cheio...
Chegamos em casa felizes com nosso passeio, nossas compras, e tudo mais . Tomamos um lanche e cada um foi descansar.
Depois de um planejamento acirrado vesperal, foi resolvido que no dia seguinte – na terça feira - Rachel e as meninas iriam para a Torre Eiffel. Como a Rachel não conseguiu comprar via internet os bilhetes para subir de elevador, pois já tinham esgotado, resolveram subir a pé. Para mim... "nem a pau, Juvenal!". Mas ela e as meninas estavam todas animadas para isso. Bom proveito!!! Rsrsrs. JF as levou para a Gare e trouxe a Catarina que conforme combinado iria passar o dia conosco em Fontainebleau, e fazer o passeio da floresta, ou pelo menos um dos passeios. Nós resolvemos passear pela cidade, ir para o Monoprix, para o Carrefour comprar os queijos, o confit de canard e mais algumas coisas para levar para o Brasil. Iniciei a montagem da minha mala. Nada fácil, apesar de poder embarcar 2 malas de 32kg cada, eu só tinha uma e uma mísera mochila... faltava mala para poder dividir o peso...
A tardezinha todos tinham voltado para casa e depois do lanche jogamos o jogo das 7 famílias . Eu queria aprender com as meninas e a Michèle e a Catarina sabia também jogar. Com isso eu aprenderia para ensinar meus netos o jogo, pois o achei super legal.
Às 19:30, Rachel levou a Catarina para a Gare Fontainebleau-Avon e nos depedimos desta moça tão simpática e ao mesmo tempo tão tímida. Eu queria terminar o blog do domingo que ainda não tinha terminado para postar, e como de costume, a “FIFA” de não conseguir embarcar todas as minhas coisas, tomou conta de mim. Ou seja, já era 3hs da manha e eu ainda não tinha dormido. Consegui postar o blog, mas estava gelada de um tanto que não conseguia dormir.
No dia seguinte,quarta feira, dia de tomarmos o voo de volta para casa, às 6hs da manha acordo com barulho de papel e sacos plásticos no quarto ao lado! Mami sem se dar conta que estava interrompendo meu sono, estava tentando montar a mala dela. Quando percebi que não haveria jeito, e que deveria ter começado ontem pela dela, levantei a contragosto e depois de arrumar a cama, trouxe todas as coisas dela para iniciar o quebra cabeça logo cedo! Consegui ajeitar tudo, mas quando pesei as malas as duas passavam o peso de uns 3 a 4 quilos! Refizemos o quebra cabeça , sem sucesso . Havia sempre quilos a mais, e não tínhamos malas para poder acertar. Isso me deu o que pensar! Da próxima vez, vou trazer 2 malas de uma vez, ou uma dentro da outra, pois assim tudo se resolveria com muita tranquilidade. Mochila não resolve, pois é pequena demais e por mais pesada que seja não consegue passar dos 9Kg e conta como mais um volume, contra uma mala que pode conter 32kg. Apesar de não comprar nada de grande, volumoso ou pesado, no final sempre ultrapassa. Estou registrando isso aqui e agora, pois tenho certeza que da próxima vez, farei o mesmo erro, vou esquecer-me deste detalhe tão importante!!! Rsrsrsrs...
Este dia estava reservado para que a família e a Michele pudessem conhecer e visitar finalmente o “Château de Fontainebleau”... Depois de tanto tempo, impensável irem embora sem conhecer esta maravilha que é o château! Ou seja logo as 10hs, saíram para visitá-lo. Aproveitei para acertar as últimas coisas, verificar se não tinha esquecido de nada, arrumar o resto das coisas para que quando o Sr Pascal, proprietário da casa, fosse fazer a verificação e devolver o dinheiro da caução, estaria – pelo menos de nossa parte – tudo em ordem .
Às 11hs lá vieram a Rachel, as meninas e logo a seguir o Sr Pascal, super cortês nos cumprimentado e em seguida dando uma geral, para ver se tudo estava em ordem. Graças a Deus estava. Depois das despedidas, Rachel e as meninas retornaram ao castelo para terminar a visita.
Por volta das 12:30, preparei o almoço, tentando acabar o que tinha na geladeira, pois no dia seguinte ninguém mais estaria na casa. Aproveitei que tinha sobrado uns 3 pedaços de canard, fiz mais batatas no forno com a banha guardada no dia anterior, esquentei 2 bifes e um hambúrguer que tinham sobrado do churrasco anterior, e fiz o meio pacote de legumes que tinha congelado, refogados na frigideira. O resto de salada com tomate e pepino, molho de mostarda, cortei o ultimo melão. Coloquei a mesa, e ficamos aguardando o pessoal retornar do castelo. Chegaram eram já 14hs passado e nós morrendo de fome!
Almoçamos e acabamos deixando a louça para a Rachel colocar na máquina, pois deveríamos sair por volta das 16hs horas, levar a Michele para o aeroporto de Orly, e a gente para o Aeroporto de Charles de Gaulle . Deu tudo certo. JF parou no “dépose minute”, onde tínhamos 10min para deixar o passageiro gratuitamente, Michèle só tinha uma mochila. E seguimos para o nosso. Chegamos lá às 18hs mais ou menos, e fomos direto para o check-in. Agora é tudo automático e só pede ajuda quem não consegue... adivinhe... logicamente pedimos ajuda. Pois não conseguia reconhecer o passaporte francês da Mami, por ter os dois nomes “Nahas née Bétin”... Se eles já sabem que o costume é esse na França... porque a máquina não reconhece! Mistérios... Bom a moça veio nos ajudar e deu tudo certo. Para pedir auxilio cadeira, ela mesmo teria que fazer. Pronto isso fomos encaminhados para despachar as malas. Apesar de prioridade, não conseguíamos fazer, pois tinha 2 guichês, um com um cara com problemas, e o outro embarcando um cachorro – tipo elefante! Mas tivemos sorte de aparecer uma outra que nos viu e nos atendeu. Infelizmente não quis deixar passar os 2 a 3 quilos a mais! Não pelo avião, mas sim pelo pessoal que carrega as malas. É proibido pela saúde deles! Compreensível . Mas para mim foi mais um motivo de stress!
Antes de sair a Rachel me deu uma sacola de supermercado e me disse que se não desse, para deixar os livros com JF que eles os postariam no dia seguinte antes da saída deles. Fiz que fiz, tão bem feito que consegui remanejar tudo na hora, na frente da esteira!!! Mas não foi fácil. O que sobrou para mim, foi tirar todos os DVDs que eu comprei e o pacote de arroz um quilo, que acabei colocando numa sacola da Mami em que ela levava também o que não coube na mala. Depois de despachadas, graças a Deus, as 2 malas e as duas mochilas, fomos para o lugar onde a Mami seria colocada numa cadeira de roda para embarcar. Lá, antes de sair, me desfiz de todas as caixas de Dvd's e coloquei na minha bolsa. Dei as caixas e os celofanes para o JF se desfazer quando chegar na casa.
Ufa... lá fomos nós com uma moça super gentil, mas eu estava a 220, super agitada. A moça me tranquilizava que não precisava correr e que tudo daria certo, mas eu apesar de tudo tinha que colocar tudo nas esteiras e tirar tudo e ajeitar depois, ou seja, para quem já estava estressada, não era o melhor! Mas deu finalmente tudo super certo, embarcamos todas as nossas coisas, não pagamos nada a mais . Fomos direto tomar um café e a Mami tinha cismado de comer um croissant em Paris! Tadinha foi embora sem este gostinho. Não havia nenhum lá naquele aeroporto. Havia sem um “baignet” (sonho) de chocolate. Bom, mas não era o que ela esperava. Paciência! Sala de espera super bonita, com lojas mil de grife, e com coisas com preço lá em cima. Eu já não podia gastar nem um tostão... o que faria no meio das lojas! Eu estava tão esgotada que nem dar uma volta quis. Ficamos sentadas aguardando a chamada.
Entramos no avião como de praxe as primeiras, e eu já me senti sumindo. Avisei para a Mami me chamar na hora da janta, e já fui adormecendo. Acordei para jantar e em seguida já adormeci novamente até quase o café da manha. Nem sei se a Mami dormiu ou não... eu com certeza desmaiei, sem assistir a nem um filmezinho. Não deu tempo. Chegamos bem, na hora programada, e o Pade estava lá nos aguardando. Que alegria poder rever pessoas que a gente ama! Viajar é muito, mas muito bom mesmo, mas a volta... que delicia! Até a próxima.