Bom
dia! Depois de um descanso merecido, assim que o Roberto saiu, tipo 7hs, para
comprar o pão para a turma toda, aos poucos começaram a acordar - as crianças
primeiro -, todos com cara amassada ainda e com os olhinhos pequenos por conta
da luz. Começamos a preparar nosso café da manhã. Momento em que nos deliciamos
em conversar um pouquinho das impressões da véspera, e programando o dia que
estava começando.
Hoje
o dia era de festa para as crianças grandes e os pais destas crianças. Hoje era
o dia de esquiar em BARDONECCHIA, a
90 km de Turim, cidade com 3.000 habitantes, e uma altitude de 1.312m, sede dos
Jogos Olímpicos de Inverno de 2006. Originalmente, a bacia de Bardonecchia era
ocupada por um lago, alimentado por riachos alpinos e tendo como emissário o
Dora di Bardonecchia. Como prova disso, existe a antiga denominação da igreja
paroquial de Bardonecchia, Santa Maria ad lacum, erguida no atual Borgo Vecchio
e no lugar da qual agora existe a nova igreja paroquial erguida na primeira
metade do século XIX. O lago teria sido drenado pelos sarracenos que o ocuparam
durante o século X. Inicialmente, o turismo era principalmente no verão;
Somente no século XX as pessoas começaram com o turismo de inverno. Em 1908, o
Bardonecchia Ski Club foi fundado e, em 1911, os irmãos Smith fizeram um show
com os saltos de trampolim em uma área que mais tarde levaria o nome de "Campo
Smith". No espaço de alguns anos, a cidade foi transformada, tornando-se
um conhecido destino turístico frequentado, entre outros, pelo estadista
Giovanni Giolitti.
No verão (junho a setembro), a estrada que, através do Colle
della Scala, liga Bardonecchia ao município francês de Névache
("Plampinet") e depois a Briançon, de onde você pode prosseguir até
Grenoble ou descendo, ao longo do vale Durance, até Gap. A conexão através da
Colle della Scala é reservada apenas para carros e pequenos veículos comerciais.
Procuramos
sair sempre entre 8hs e 8hs30, pois sempre tínhamos que enfrentar uma
estradinha para chegar. E foi o que fizemos. Durante a viagem, o tanque de
gasolina do Ivan começou a chegar na reserva, e nada de posto para se
abastecer, chegou até a tocar um bipe, quando, de repente, após um túnel
enorme, vimos o sinal que haveria um posto logo depois. Mesmo assim, passou
outro túnel, não tão grande quanto o primeiro, mas de qualquer forma, trememos.
Mas é o que podíamos fazer no momento. Depois de abastecido, seguimos aliviados
nosso caminho.
Logo,
do estacionamento, damos de cara com uma baita pista com possibilidade de fazer
“luge”, mas pista livre e cada um com seu material particular, o que não era
nosso caso.
Mas depois de algum tempo, o Dudu se animou e comprou um para os
pequeninos, e eles gostaram muito. Duro é os pais que deviam puxar pela
cordinha para subir o monte, empurrar para descer e correr atrás para ficar
perto! rsrsrsrsr. Fomos até a bilheteria, os meninos compraram para o dia
inteiro, e pra mim, Marco e Deia, um passe para subir no teleférico e ir até o
topo da outra montanha; só uma subida e uma descida, (10 euros cada pessoa).
Ficamos na cafeteria/restaurante sentados numa mesa. Ninguém vem te cobrar
nada, você pode passar o dia todo mesmo lugar sem consumir nada, o que não foi
o caso. Tem banheiro, e não é cobrado.
Os
mais afoitos em esquiar foram rapidinho alugar o material necessário. Tudo é
cobrado, claro! E eu fiquei perto dos amadores para filmar e tirar fotos. A
alegria de todos se via saindo pelos poros! Rsrsrsr. Parecia que era o esporte
favorito desde criança... que era a coisa mais simples deste mundo... Mas mesmo
depois dos tombos a coisa continuava agradando a todos. Os que pareciam mais à
vontade queriam realmente aprender a descer fazendo zigzags como os
profissionais, mas isso não é tão fácil quanto a gente vê os já acostumados a
fazerem. Parece que o balanço do corpo, principalmente na altura dos joelhos, é
que faz com que você consiga fazer. Eu sei que fiquei muito tempo de pé
tentando achar e descobrir quem é quem na hora da descida. Com capacetes,
óculos e agasalhos são todos muito iguais tal qual malas em esteiras de
aeroportos.
.. Só conseguíamos distingui-los quando chegavam perto de nós! Aí
não valia... Mas o que fiquei muito mais feliz ao ver que o Dudu conseguiu se
desvencilhar dos pequenos e, depois de alugar o material, o vi subindo no
tapete rolante todo feliz! Subiu e desceu várias vezes, conseguiu cair também,
mas foi tudo alegria. Ele amou! Era a primeira vez, e infelizmente a única,
desta temporada 2020.
Quando
cansei, voltei para a mesa onde estava o Marco, Nara e os dois bebês. Matteo
dormindo feito um anjo nas sua roupa de astronauta, e o Luca almoçando com a
mãe. Acabei também pedindo uma bela salada completa, pois a da Nara estava com
uma cara lindíssima, e costela com batatas fritas. Não sei se é a fome, a
alegria de estarmos juntos, a alegria de sair do regime (rsrsr), mas a comida
estava deliciosa. As horas voam de tal forma que assim que acabamos de almoçar,
logo os meninos vieram para comer também, e principalmente pra descansar um
pouco, pois deve ser bem cansativo.
O
Marco não quis subir na outra montanha pelo teleférico e deu seu passe para a
Nara, pois a coitada não aproveitou quase nada, só cuidando dos pequenos. Deia
morrendo de medo, mas tomou coragem e veio comigo. Aí contei para ela o que o
Rony e a Rosa fazem: quando vão em montanhas russas e brinquedos desse tipo,
começam a gritar, e por incrível que pareça, o barulho dos gritos é mais forte
que o medo. Ela e eu, a cada passagem de poste, gritávamos como se fosse de
alegria, e assim fizemos até chegar no topo.
E lá... que deslumbre! Que coisa
mais linda! Valeu muito a pena subir e ver esta maravilha da natureza.
Quando
o Beto chegou na mesa, estava todo suado, cabelos molhados, e nos confessou que
tinha arrebentado o joelho esquerdo num tombo. Mas com um sorriso aberto de
lado a lado de tanto que estava gostando. Ainda bem que eu trouxe faixas,
pomada e comprimidos anti-inflamatórios. Tomara que até voltarmos, ele fique
bem. Bibi, muita animada também, conseguiu esquiar bastante com poucos tombos.
Felipe nem se fala: tranquilo, descendo estes morros altos. Ivan e família
quase não os vimos... Eles não paravam de esquiar, só os vimos quase no final,
na hora de irmos embora, com muito pesar, pois todas as estações fecham às
17hs, sendo que todos os teleféricos, e esteiras rolantes param 15mn antes das
17hs. Depois disso, é o pessoal do local que trabalha para deixar pronto para o
dia seguinte. Passam maquinas para aplainar, limpar e sei lá mais o que! Antes
de nos despedirmos do local, pedimos um delicioso chocolate quente para cada,
que delicia!
Finalmente
voltamos para casa, e retomamos a rotina diária dos banhos, janta e cama.
Mas
não sem antes as crianças brincarem, correrem, gritarem de tanto excitados e
felizes que estavam. Realmente o que mais eles gostaram é essa bagunça entre
eles na casa. A satisfação do pequeno, despojado das roupas de inverno, em
percorrer todos os cômodos da casa com a “trempa” atrás dele, é de fazer rir.
Matteo e o Luca brincaram como gente grande, ou são os grandes que brincaram
como crianças pequenas! Fica a dúvida... kkkkkk. As meninas tomaram as rédeas
da janta e nos serviram uma deliciosa macarronada com molho e carne moída. Todo
mundo amou! E fizeram tanto, que até sobrou para uma outra refeição. Mais um
dia de muitas atividades passou, muita alegria e canseira.
Marco
2020-03-15
Quem poderia pensar que, um dia, esquiar seria o esporte da família!
Rosana Nahas
2020-03-15
Adorei!!! Que delícia :D Familia toda unida... em um lugar lindo ... em um momento lindo! Recordação para a vida ;)
Rosanagardinimaciel
2020-03-16
Que gostoso ! Belo passeio deve ter sido muito divertido !
Madeleine (Toulouse)
2020-03-19
J'ai beaucoup aimé la photo/vidéo n°15 où le 'petit' est couché et mange la neige et aussi la vidéo (image 121) où tout le monde descend ensemble. Super sympa. !
Débora
2020-03-22
Que dia sensacional! Todos se divertindo a sua maneira... o Tetteo comendo neve foi realmente a melhor parte!